As primeiras colheitas de soja em Mato Grosso, maior produtor nacional, revelam um cenário preocupante. O clima adverso, intensificado pelo El Niño, resultou em uma queda significativa na produtividade, com algumas lavouras registrando menos da metade do rendimento esperado.
O El Niño rigoroso causou irregularidade nas chuvas na região Centro-Oeste, atrasando o plantio e levando ao replantio em algumas áreas. O impacto foi tão severo que produtores como Sadi Beledelli e Roberto Sviech enfrentam rendimentos muito abaixo das expectativas.
Em Sorriso, por exemplo, Beledelli colheu apenas 50% de suas lavouras, enquanto Sviech antecipa uma produtividade de apenas 25 sacas por hectare, comparado às 60 sacas das últimas safras. O El Niño em 2023/24 foi descrito como mais prejudicial do que o ciclo de 2015/16, causando danos tanto a quem plantou mais cedo quanto mais tarde.
Apesar dos desafios, algumas regiões ainda conseguem resultados positivos, destacando a influência crítica das chuvas. O Ministério da Agricultura prorrogou o prazo de plantio devido às condições climáticas desfavoráveis.
Entretanto, as previsões da Conab e do USDA para uma safra recorde no Brasil, embora já revisadas para baixo, geram expectativas incertas. Consultorias privadas estão mais pessimistas, especialmente devido ao cenário em Mato Grosso. O Ministério da Agricultura está atento às perdas e planeja medidas de apoio aos agricultores, como escalonamento de dívidas e linhas de crédito especiais.
A situação destaca a importância de acompanharmos de perto o impacto das condições climáticas na produção agrícola e as medidas que estão sendo tomadas para apoiar os agricultores afetados.
Fonte: Globo Rural
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